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Obrigações de um Médium

OBRIGAÇÕES E OFERENDAS

Obrigações aos Orixás
A seqüência do desenvolvimento do médium, que se propõe trabalhar numa Casa de Caridade Umbandista, passa pelas obrigações aos Orixás.

Todo médium deve fazer a obrigação de Oxalá, que é o batismo.

É no batismo que o médium confirma perante o sacerdote a aceitação da religião e assume o compromisso de cumprir os conceitos e as regras da casa onde pretende trabalhar.

Recomenda-se que todo médium faça pelo menos duas outras obrigações, as de seus Orixás de cabeça e de juntó.

Todo médium que almeja o sacerdócio umbandista ou mesmo atingir uma melhor firmeza nos seus trabalhos deve fazer todas as obrigações.

Para obrigação o médium deve se preparar com desprendimento e dedicação especial que costumamos chamar de preceito (por sete dias):
• Purificação das energias: abstinência de carnes, álcool, cigarro e sexo.
• Esse desprendimento fortalece e valoriza o compromisso do médium, perante a responsabilidade de fazer bom uso do Axé que estará recebendo dos Orixás.
• Abster-se da incorporação para que não reste vibrações da entidade manifestante.
• Manter-se afastado de hospitais, velórios e da casa onde trabalha para não absorver vibrações estranhas a sua própria.
• Fazer o banho do Orixá antes de deitar.
• Para equilibrar as energias.
• Após o banho, fazer uma autodefumação com as ervas e resinas do Orixá.
• Preparar o ambiente para um sono iluminado
• Deitar na esteira.
• Usa-se normalmente a esteira de taboa, esse ritual é uma demonstração de humildade e sacrifício.

O médium deve ter o maior cuidado com material que será oferecido ao Orixá, tanto na preparação como na qualidade.
A obrigação será colocada numa toalha confeccionada nas cores do Orixá com seu ponto desenhado.
Exceções:
• Oxossi - usa-se uma folha de taióba.
• Iemanjá - usa-se um barquinho de isopor enfeitado.
• Oxum - usa-se o alguidar do batismo, que foi guardado pelo médium.

A obrigação é sempre oficiada pelo Babalaô, ajudado pelos Ogãs.

Antes de cada obrigação é dado o “Pao” para Exu para que não haja nenhuma interferência negativa.

Durante o ritual será jogado sobre a cabeça do médium o curiador do Orixá e em seguida receberá sua guia. Essas guias são consagradas pelo Babalaô e ficam iluminadas por sete dias.

É na primeira obrigação (Oxalá) que o Babalaô jogará os búzios para cada médium, determinando os Orixás que exercem maior influência sobre ele, o “Orixá de Frente” e o “Orixá de Juntó”.

O médium que termina as obrigações aos Orixás e deseja seguir o sacerdócio umbandista, deve dar a obrigação a Exu, tornando-se Babalorixá. Para se tornar um Babalaô o médium deverá aprender jogar os búzios e dar a obrigação a Ifá.


Oferendas

As oferendas aos Orixás e Entidades são efetuadas em três ocasiões especiais:
• No pedido ou agradecimento de uma graça alcançada.
• Na renovação do axé de consagração.
• Nas festas comemorativas.

As oferendas, diferente das obrigações, não tem um ritual padronizado e estabelecido:
• Pedido ou agradecimento – normalmente e orientado pela entidade consultada
• Renovação do axé de consagração – a critério do médium
• Festa comemorativa – a critério do chefe da casa

As regras são bem claras. Por isso é bom que os candidatos ao ingresso no terreiro conheçam antecipadamente as suas obrigações e o que devem ou não fazer. Existe um compromisso com o terreiro a que forem pertencer, seja ele qual for: vontade de evoluir espiritualmente, disciplina na corrente, submissão aos mandos da hierarquia, se não puderem amar seus irmãos ao menos os tolerem, não criticar os outros, cuidar para que suas palavras sempre sejam de incentivo e amor, cuidar e zelar por seu material dos trabalhos e de sua roupa branca, honrar a respeitar o nome dos espíritos, respeitar as outras religiões, sempre que tiverem dúvidas perguntar aos dirigentes, não hesitar quando forem convocados para auxiliar o outro como cambono, não fomentar brigas e discórdias, não faltar aos trabalhos (inclusive os que forem marcados em outros dias), cumprir os horários dos trabalhos, não freqüentar outros trabalhos sem autorização do dirigente, cantar os pontos e auxiliar a manutenção da gira e outras condições que o bom senso determina e que por qualquer motivo eu não tenha mencionado. Sou contra regras e prego a liberdade, mas jamais o médium deve esquecer que a sua liberdade cessa quando começa a do outro.

1) Servir como cambono por um período no terreiro é uma obrigação dos médiuns novos. Servir e assistir os trabalhos das entidades vai dar um conhecimento significativo sobre a forma como os orixás trabalham. Para conhecimento de todos, o que mais aborrece um dirigente é a má vontade do médium quando ele é convocado para ajudar como cambono. Quando comecei na Umbanda eu pedi, por minha espontânea vontade, ao meu pai-de-santo a oportunidade de eu servir alguém como cambono. Não me arrependi porque aprendi muito.

2) O médium não deve ficar olhando os outros, julgar ou criticar seu irmão de corrente. Deve cuidar somente de si e deixar para a hierarquia corrigir o erro dos outros.

3) Levar seu material de trabalho e manter sua roupa branca sempre limpa e em ordem e, se não quiser ficar descalço, usar uma alpargata com sola de cordas e nunca tênis.

4) Chegar e cumprir à risca os horários dos trabalhos e quando não puder participar dos mesmos, avisar com antecedência a sua ausência.